Author name: Cauê Oliveira

Dublin terá rave com astro de Game of Thrones

rave_of_thronesOs fãs de Game of Thrones que moram em Dublin e redondezas terão a oportunidade única de curtir uma festa eletrônica comandada por um dos astros da série. No próximo sábado, Kristian Nairn, que faz o papel de Hodor na série, vai atacar de DJ em rave realizada no Tivoli Theathre. O endereço é 138 St Francis Street, Merchants Quay, em Dublin 8, a partir das 21h.

Nairn já era DJ antes de ficar conhecido mundialmente na produção da HBO, baseada nos livros da série Crônicas de Gelo e Fogo, de George R. R. Martin. Seu estilo é “progressive house”. A turnê com Rave of Thrones já foi realizada nos Estados Unidos, com grande sucesso. Antes, Nairn era residente na Kremlin, clube gay em Belfast – o ator é norte-irlandês e gay, inclusive.

O blog não vai dar spoiler para quem não acompanhou a série, mas pode-se dizer que a participação de Kristian Nair foi de grande sucesso, com seu personagem protagonizando um dos momentos mais emocionantes da sexta e mais recente temporada.

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Empresa corta expectativa para Irlanda pós-Brexit

As expectativas de crescimento econômico da Irlanda, que agora vê sua economia dar bons sinais depois da grave crise de 2008, foram reduzidas após o anúncio da saída do Reino Unido junto à União Europeia. O aviso foi dado pela Cantor Fitzgerald, uma das principais empresas americanas no mercado de ações mundial. De acordo com a previsão atualizada, a expensão do PIB irlandês em 2016, antes esperada para ser de 4,4%, agora deverá ser de 3,8%.

A mudança reforça a ideia de que o Brexit – maneira como foi chamado o processo de votação pelo qual o Reino Unido decidiu por sua saída da União Europeia – foi mais maléfico para a Irlanda do que benéfico. O assunto é sensível porque o país é agora o único a ter fronteira por terra com os britânicos: a Irlanda do Norte, em uma relação historicamente tensa. Os desdobramentos políticos e econômicos do Brexit ainda são uma incógnita, mas as previsões continuam ruins.

Para o próximo ano, por exemplo, a expectativa era de ver o PIB irlandês crescer 3,8%. Pós-Brexit, no entanto, a marca é esperada para ser de apenas 2,4%. O blog vem mostrando como essa reviravolta política e econômica pode afetar a Irlanda, país que é destino de muitos intercambistas e estudantes brasileiros – inclusive a questão da fronteira com a Irlanda do Norte.

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Gardai quer acesso a conversas de Whatsapp e Facebook

Em busca de evitar crimes e colocar quadrilhas na prisão, a Irlanda agora mira acesso a conversas de Whatsapp, Facebook e e-mail, meios cada vez mais usado por criminosos para se organizar. De acordo com o jornal Herald, o ministro da Justiça, Frances Fitzgerald, aprova a ideia de que a Gardai (a polícia irlandesa) tenha acesso a conversas nos aplicativos, e nova legislação deve ser colocada a votação e implementada até o final do ano.

O assunto é sensível porque mexe com a privacidade das pessoas e levanta muitos questionamentos. O Facebook, que é dono do Whatsapp, anunciou recentemente a decodificação das mensagens do aplicativo, de modo que nem ele próprio teria acesso. A questão já rendeu bloqueio do aplicativo no Brasil em duas oportunidades, justamente porque a empresa se recusou a colaborar com requisições judiciais.

Na Irlanda, a legislação que será colocada para votação será bem consciente dos direitos fundamentais das pessoas quanto à privacidade de suas mensagens, de acordo com Fitzgerald. O principal foco da Gardai é a guerra de gangues que acontece em Dublin, com disputas territoriais e eventuais tiroteios, fatos tomados com grande apreensão e urgência pelas autoridades.

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Dublin vive “ameaça” das gaivotas

gaivota_dublinO intercambista ou turista que visitar a Irlanda vai notar algumas novidades em relação ao Brasil no que diz respeito à fauna e flora, desde cervos e ovelhas nos campos verdes até as várias aranhas que povoam as casas na Ilha – quase sempre minúsculas e inofensivas. Entre os pássaros, destacam-se os barulhentos corvos, bem ao estilo Game of Thrones, e as gaivotas, que viraram pássaro urbano em Dublin e estão causando problemas.

A “ameaça”, como chamou o jornal The Irish Star, vem do fato de elas estarem totalmente integradas ao meio urbano na capital irlandesa, que fica à beira-mar. De acordo com o senador Paul Coghlan, “ao contrário de outras aves, as gaivotas não têm hora pra dormir”. Assim, estão causando problemas ao rasgar sacos de lixo deixados nas ruas para coleta, espalhando sujeira e, também, fazendo muito barulho.

O governador sugeriu usar spray nos sacos plásticos com produtos que afastem as aves. Em Dublin, elas se comportam mais ou menos como os pombos em São Paulo. “Elas mal saem do caminho das pessoas”, ressaltou Coghlan. Gaivotas são abundantes em Dublin e Galway, entre outras tantas cidades da costa irlandesa. Em Cork, por exemplo, sua presença se restringe às proximidades do Rio Lee. Corvos, por outro lado, estão por toda parte.

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UE: Irlanda não pode desistir da cobrança por água

A decisão do governo irlandês de suspender a cobrança da taxa de água não caiu bem entre os políticos da União Europeia. A comissão do bloco econômico afirmou, em resposta a uma questão enviada pela própria Irlanda, que o país adotou o compromisso de estabelecer a cobrança pelo serviço, diante de um plano submetido pelo ministro do meio-ambiente, John Gormley, em 2010. E não há volta quanto a isso.

A implementação da taxa foi prometida pela Irlanda à União Europeia como parte de um plano para conter os efeitos da crise financeira de 2008 no país. O objetivo era garantir a qualidade do serviço, bem como a da água, e assim foi criada a Irish Water. A população instantaneamente adotou o boicote e foi às ruas protestar. A cobrança foi iniciada, mas com grandes problemas, incluindo o abastecimento das residências.

Assim, as eleições de 2015 foram amplamente dominadas pelo assunto. A questão foi tão sensível que quase levou a novas eleições, já que os partidos não conseguiam concordar em como proceder quanto à Irish Water. A decisão tomada em maio é a de que, a partir de junho, a cobrança seria suspensa até que a empresa fosse reorganizada. A discussão começou, mas agora a União Europeia faz pressão para que ela não suma definitivamente.

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Dublin age contra artistas de rua repetitivos

“Busking” é o termo em inglês usado para músicos que tocam na rua em troca de dinheiro, uma cena extremamente comum na Irlanda, principalmente em Dublin, com seu potencial turístico. A atividade é levada tão a sério que a prefeitura da cidade precisou tomar ações contra problemas causados pelos artistas de rua, criando uma verdade crise.

O intercambista ou turista já teve ter passado pela situação de topar com algum músico talentoso executando sua peça munido de pedestal, amplificador e outros adereços. Para o turista, nada incomoda porque sua estadia no local é breve. Mas para comerciantes e moradores, os artistas de rua de Dublin viraram um problema por conta do volume do som e do incômodo causado pelo fato de tocarem repetidamente as mesmas três ou quatro canções.

A prefeitura de Dublin, então, optou por proibir o uso de “backing tracks” – as faixas instrumentais usadas como base para que muitos artistas cantem ou toquem seus instrumentos. O objetivo é diminuir, assim, o uso de amplificadores e limitar os “buskers” aos que de fato executem varias canções. Isso causou muita reclamação, já que diversos artistas dependem das tais backing tracks – pessoas que tocam, por exemplo, violino, saxofone, bandolim, com números ensaiados e dependentes da ajuda tecnológica.

Dublin já havia criado restrições para os buskers, tais como limite de duas horas de apresentação em um mesmo local e horário máximo para atuação. Mesmo assim, em 2015, o conselho municipal recebeu mais de 700 reclamações. As novas regras agora exigem que os músicos apresentem pelo menos 30 minutos de repertório sem repetição. Há dúvidas sobre como a fiscalização será feita, no entanto.

Temple Bar, a área boêmia na região central de Dublin, é um dos focos do problema. A esperança é de que as mudanças acabem por selecionar os mais talentosos e aptos a continuar se apresentando pelas ruas da capital irlandesa.

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Como dormir no avião?

Qualquer brasileiro que já tenha feito ou cogitado um intercâmbio já passou pelo mesmo drama: como suportar a longa viagem até a Irlanda, com potenciais voos de mais de dez horas até a primeira escala, seguindo rumo após horas em algum aeroporto europeu. Interessado na questão, o jornal The Independet consultou especialistas e apareceu com dez dicas para conseguir descansar minimamente durante a jornada.

  1. Escolha bem seu assento
    Dica óbvia, já que quem viaja de classe executiva ou primeira classe tem mais espaço e pode dormir confortavelmente. Para quem vai de classe econômica, a mais barata, a escolha é optar por pagar um pouco mais por um assento que tenha área ampliada para as pernas. Muitas companhias oferecem essa possibilidade.
  2. Escolha muito bem seu assento
    A tendência das pessoas é escolher os locais mais próximos das portas do avião, no começo, para facilitar o embarque e desembarque, mas, para quem quer descansar, essa pode ser uma opção ruim, já que o local é normalmente povoado por mães com criança de colo e fica bem no raio de ação dos comissários de bordo, sempre se movimentando com carrinhos, bandejas, produtos. O fundo do avião, assim, pode ser uma boa.
  3. Vista-se confortavelmente
    Roupas que não comprimam partes do corpo ajudam na sensação de conforto, já que não restringem a circulação sanguínea
  4. Escolha uma boa posição
    Essa dica vai causar incômodo em quem quer que se sente atrás de você, mas reclinar a cadeira o máximo possível diminui a pressão na lombar e tira o peso dos discos da coluna
  5. Aperte o cinto sobre suas roupas
    Essa é uma questão bem sensível para comissários de bordo, sempre a checar se passageiros estão com os cintos apertados em determinados momentos do voo. Coloque-os por cima da roupa, de forma bem visível, para evitar incômodos.
  6. Não converse
    Outra dica óbvia, mas enviar sinais aos seus companheiros de fileira indicando que não está afim de papo pode salvá-lo daquilo que, inglês, se chama “small talk”, tipo a conversa de elevador. Dá mais tranquilidade para tentar descansar.
  7. Não beba demais
    Trata-se de um erro comum: algumas pessoas acham que uma boa dose de álcool pode ajudar a “apagar” durante o voo, o que não é necessariamente verdade. O álcool vai dificultar o descanso, além de fazê-lo usar o banheiro mais vezes. Manter-se hidratado, por outro lado, é uma dica valiosa.
  8. Não assista TV
    Apesar de o catálogo de filmes e séries ser convidativo, assistir TV durante o voo vai impedi-lo de descansar. Uma boa dica é usar fones com sons que considere relaxante – melhor ainda se os fones bloquearem totalmente os sons externos, já que aviões podem ser muito barulhentos.
  9. Use um travesseiro
    Há centenas de modelos disponíveis no mercado, e nada impede de você carregar o seu próprio dentro do avião. Adote um deles e tente relaxar.
  10. Tome uma pílula
    Cuidado com essa opção. Remédios para ajudar a dormir podem ajudar se nenhuma dessas outras dicas for útil, mas tenha sempre cautela e consulte seu médico. Medicação como essa pode te deixar desorientado, impedir reação no momento de crise ou provocar problemas de memória durante o voo. Em caso extremo e com uso controlado, por ajudar, no entanto.

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Estudantes caem em golpe em site de imóveis

As nuances do mercado imobiliário na Irlanda e a existência de golpes que podem prejudicar a vida do intercambista tem sido recorrentemente tratados aqui no blog. O que se percebe é que é preciso ter muito cuidado e checar muito bem as informações antes de fechar negócio. Apesar de tudo, estudantes às vezes são enganados. Foi o que aconteceu com alunas da University College Dublin.

Duas estudantes procuraram acomodação para o início do ano letivo, missão muitas vezes ingrata, e se depararam com uma oferta no site Daft, o principal meio usado por intercambistas e estudantes no geral na busca por imóveis. Elas encontraram uma casa na capital irlandesa com preço bom e, apesar de desconfiarem da ótima oportunidade, resolveram entrar em contato.

Os locatários se declaram britânicos, um casal com idade avançada, que estaria passando a residência para voltar para o Reino Unido. Eles indicaram que o imóvel estava também anunciado no site TripAdvisor, o que as deixou tranquilos porque há um mecanismo no qual, se o cliente estiver insatisfeito, consegue reaver o dinheiro investido. Além disso, o casal enviou fotos do local, de si próprios e sugeriu uma data para visitação, porém nenhuma das estudantes estava disponível.

Elas então realizaram depósito de €4400 para garantir a locação. Foi aí que o casal parou de responder. As meninas entraram em contato com o banco, que enviou mensagem para a unidade de destino do depósito, mas foram informadas de que o dinheiro já havia sido sacado. Tentaram, então, contatar o TripAdvisor, mas descobriram que o link que estavam checando era, na verdade, uma versão falsa e idêntica do site.

Por isso, todo cuidado é pouco.

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Atriz de Game of Thrones é fã de Cork

Não são apenas os intercambistas que acabam cativados com as belezas naturais que a Irlanda proporciona aos que a visitam. A atriz Natalie Dormer, parte do elenco da renomada série Game of Thrones (interpreta Margaery Tyrrel), também se diz apaixonada pelo país, especialmente pelo condado de Cork. Em entrevista recente ao jornal Evening Echo, ela detalhou os lugares que conheceu no país.

“Eu estive em Kinsale e também em Baltimore, e elas são absolutamente lindas. A paisagem lá é a minha coisa favorita sobre a Irlanda. Bem, isso e a comida”, afirmou. Kinsale é um balneário a 30 minutos de ônibus de Cork City, localizada na costa sul da ilha e que conta com, entre tantas atrações, o Charles Fort, um forte militar construído em 1670.

charlesfortJá Baltimore fica também na costa, no lado oeste do condado, e tem como principal atração o Baltimore Beacon, uma espécie de farol antigo construído por ingleses. Há ainda o Baltimore Castle, um castelo construído em 1215, restaurado e aberto a visitação.

Natalie Dormer pôde aproveitar as belezas de Cork porque é noiva de Jonathan Rhys Meyers, ator com o qual contracenou na série The Tudors. Jonathan nasceu em Dublin, mas foi criado em Cork e aproveitou para levar a noiva para conhecer novos cenários.

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Brexit e Irlanda: o que acontece na fronteira

northernirelandA decisão do eleitorado britânico por deixar a União Europeia, tomada na última semana, vai causar profundas consequências para a Irlanda, como o blog relatou. Uma das mais preocupantes começa a se desenhar: a fronteira com a Irlanda do Norte. A população da ilha e a classe política tem feito esforço para encontrar uma maneira de evitar que seja estabelecido controle de fronteira, mas as expectativas não são boas.

O fato de a fronteira ser um tema sensível recorre da guerra de independência irlandesa, no começo do século XX, e do tratado assinado entre rebeldes e britânicos, no qual uma das cláusulas indicava a separação de seis condados no norte, que seriam denominados Irlanda do Norte e permaneceriam parte do Reino Unido. O local é de forte presença escocesa e protestante, ao contrário do restante da ilha, predominantemente católica. Por isso, tensão era esperada.

O tratado, entre outros fatores, levou a República da Irlanda a uma guerra civil, vencida pelos apoiadores do Estado Livre, pró-tratado, com ajuda do Reino Unido. Os derrotados, chamados de republicanos, mais tarde voltariam à carga desencadeando onda de violência em território norte-irlandês principalmente durante os anos 60, tentando minar o controle britânico sobre a área. Depois de anos de atentados terroristas, com a ascensão do IRA, e de mortes de civis, a paz foi alcançada em 1998, com a assinatura do Good Friday Agreement, que define a relação entre República da Irlanda e Irlanda do Norte.

Esse frágil equilíbrio está ameaçado. Atualmente, a fronteira é praticamente invisível: não há pontos de checagem no lado britânico, o trânsito de pessoas e mercadorias é livre. Mas a chance de permanecer assim, de acordo com entrevista de Gerry Adams ao jornal Her, é mínima. Adams é o líder do Sinn Fein, partido unionista atuante na Irlanda e historicamente ligado ao IRA. Para ele, mudanças são inevitáveis.

“Isso (a fronteira invisível) vai terminar. Até onde, é difícil dizer. A fronteira agora vai ser a única por terra entre o Reino Unido e a União Europeia”, ressaltou. “A campanha pela saída (da União Europeia) foi amplamente baseada na questão da imigração. Será que um governo britânico conservador de direita estaria disposto a deixar a porta dos fundos abertas para que talvez imigrantes pudessem entrar?”, pontuou o político.

O temor é que o possível controle de fronteiras ajude a elevar a tensão na região, enquanto já se fala na possibilidade de a Irlanda do Norte abrir plebiscito para deixar o Reino Unido, já que o país, junto da Escócia, votou majoritariamente pela permanência na União Europeia. O movimento unionista irlandês deve agir também.

Há, claro, a possibilidade de o relaxamento da fronteira entre as regiões causar, por outro lado, um estreitamento do controle irlandês quanto a imigrantes – intercambistas inclusos. E é aí que brasileiros, por exemplo, podem ser afetados. “O Brexit cria incerteza e instabilidade”, resumiu Gerry Adams. Até mesmo para britânicos. De acordo com o jornal Irish Times, os pedidos para passaporte irlandês dispararam no Reino Unido, de pessoas preocupadas em manter a possibilidade de livre trânsito pelos países europeus. Como a imigração entre irlanda e Reino Unido sempre foi recorrente, muitos têm o direito de requisitar o documento.

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