O governo irlandês publicou recentemente o relatório do serviço de imigração sobre o ano de 2016, compilando dados do último ano sobre pessoas que cruzaram a fronteira, conseguiram visto, garantiram a permanência ou tiveram sua presença recusada na Ilha Esmeralda. Dados mostram que a demanda aumentou em 7% em relação a 2015.
Em 2016, o governo recebeu 124,2 mil pedidos de visto de curta e longa duração, registrando crescimento em relação ao ano anterior. Se a comparação for com 2012, o aumento é de 41%. Embora o número de brasileiros já chegue a 10 mil, não somos nem de perto o país que mais buscou a Irlanda: India (20%), China (13%), Rússia (10%), Paquistão (8%) e Turquia (5%) foram os que mais pediram visto.
Lembrando que a Irlanda, como membro da União Europeia, não exige visto de cidadãos dos outros países-membros em suas fronteiras. Quando se trata de pedido de cidadania, os poloneses – comunidade presente em grande número na Irlanda – lideram, com 1,3 mil pedidos, seguidos por Índia, Nigéria, Romênia e Filipinas. Em 2016, mais de 10 mil pessoas receberam a cidadania irlandesa.
O Brasil só aparece com destaque nos dados de pessoas deportadas ou que tiveram sua entrada recusada nos aeroportos irlandeses. Brasileiros são os que mais passaram por esse inconveniente, sendo 11,5% do total, seguidos por albaneses, sul-africanos, nigerianos e americanos. Ao todo, 4,4 mil pessoas foram deportadas ou impedidas de entrar no país, sendo 3,9 mil não membros da União Europeia.
Para 2017, o principal objetivo do serviço de imigração irlandês é assumir totalmente a checagem de passaporte na imigração do aeroporto de Dublin, principal entrada de estrangeiros no país. Até então, a checagem de documentos e emissão do visto de turista era feito por membros da Garda, a polícia local. O processo, chamado civilianisation, deverá ser completado em todo o território até o final do ano.