Meses e meses de protesto e uma forte oposição do Fianna Fail, segundo partido mais votado nas eleições gerais de fevereiro na Irlanda, surtiram efeito: o governo encabeçado pelo Fine Gael anunciou, na última semana, a suspensão da cobrança da conta de água. A medida vale a partir de junho, mas não significa que os débitos devidos pelos que residem no país – incluindo intercambistas – vá desaparecer.
Com a decisão, seguem as negociações entre os partidos para chegar a um consenso sobre como lidar com a necessidade de cobrar por água, prática iniciada em janeiro de 2015 no país. O modelo atual adotado pela Irish Water, companhia criada para operar o serviço, segue muito contestado. Mostramos aqui que quem adotou o boicote dificilmente será legalmente punido. O governo indica, no entanto, que as contas não pagas não simplesmente desaparecerão.
“As contas das pessoas, as que não foram pagas, não vão simplesmente desaparecer só porque vamos suspender a cobrança e voltar à comissão em busca de aconselhamento especializado em relação ao que fazer no futuro”, afirmou Regina Doherty, chefe de gabinete do governo, em entrevista à RTÉ News at One, reproduzida pelo jornal Irish Times. “A conta é legal, é válida e será cobrada. Pode ser que isso não aconteça nas próximas semanas, mas ela não vai magicamente desaparecer”, complementou.