Autoridade máxima do Igreja Católica Apostólica Romana, o Papa Francisco anunciou que vai visitar a Irlanda em agosto. O clérigo vai comparecer ao Encontro Mundial da Família 2018, evento realizado a cada três anos e que tem como objetivo discutir a fé cristã e a entidade familiar, que será realizado de 21 a 26 de agosto.
Para participar do encontro há cobrança de ingresso. Você confere a programação completa e os preços neste link.
Na capital Dublin, ele fará duas aparições. A primeira delas, em 26 de agosto (sábado) vai ser no Croke Park, principal estádio e sede do evento. O Papa Francisco vai participar da apresentação de histórias familiares relacionadas ao catolicismo – cinco famílias vão testemunhar, cada uma delas representando os cinco continentes.
Na segunda, em 27 de agosto (domingo), o Papa vai rezar a missa de encerramento do evento, que será realizado no Phoenix Park. A celebração será gratuita, porém os interessados precisarão reservar ingressos. Eles serão distribuídos, primeiro, para os participantes do Encontro Mundial da Família. Há uma cota que será entregue às dioceses irlandeses. Por fim,a distribuição geral será anunciada em data próxima ao evento.
Será a primeira vez em 40 anos que um pontífice viaja para a ilha – o último a fazer isso foi João Paulo II, em 1979.
- A importância do Papa para a Irlanda
Para o irlandês, no geral, a visita do Papa Francisco é um acontecimento memorável. Historicamente, o catolicismo é mais do que uma religião: é uma posição política. A fé católica foi difundida na ilha pelas mãos de Patrick (ou Patrício, em português), um britânico capturado e vendido como escravo, que escapou e conseguiu voltar para casa.
Mais velho, Patrick decidiu voltar à Irlanda para difundir a fé cristã. Sua influência foi tão grande que sua data – o St. Patrick’s Day, em 17 de março – é considerada feriado nacional e celebrada por irlandeses do mundo todo. Mais do que isso: é sinônimo de ser irlandês. Muitos deles, inclusive, são chamados de “Paddys” em outros países, um diminutivo de “Patrick” que por vezes é usado de forma preconceituosa.
O catolicismo difundido por Patrick foi duramente reprimido pelo Reino Unido durante os séculos de colonização: de maioria protestante, os britânicos proibiram o culto católico no país após revoltas mal sucedidas por parte dos irlandeses. Quando a independência foi conquistada, em 1921, ao custo da criação da Irlanda do Norte, que permanece sob domínio britânico, a religião foi uma questão central.
Isso porque os condados que compõe a Irlanda do Norte são os que mais concentram população de origem britânica, ou seja: protestante. A disputa política virou uma briga entre católicos e protestantes, o que rapidamente escalou para um período de violência, repressão e atentados terroristas.
A tensão militarista deixou de existir com a assinatura do Good Friday Agreement, em 1998, após anos de negociação por paz. Papa Francisco vai encontrar um país e uma Dublin absolutamente pacificado. Não se sabe se ele pretende visitar também a Irlanda do Norte.
Fonte: Irish Times
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