Desfiles e comemorações populares tomam as ruas milenares de Malta nesta quinta-feira, 21 de setembro, data em que o arquipélago encravado no meio do Mar Mediterrâneo comemora seu Dia da Independência – ou Jum 1-Indipendenza’, na língua local. No feriado, eles celebram o processo que garantiu autonomia completa ao país, mas ao mesmo tempo sem fazer do Reino Unido um inimigo.
Os britânicos foram os últimos a comandar as ilhas antes da Independência de Malta. Por estar próxima à costa europeia, ao alcance da costa africana, sua localização estratégica tanto militarmente quanto economicamente foi sempre muito disputada. Romanos, bizantinos, árabes, italianos e franceses mandaram no local, o que criou um mix cultural único na Europa.
Isso até 1800, quando Napoleão Bonaparte deixou o local após breves 6 dias de comando e a população local, irritada, tentou sem sucesso expulsar os soldados que sobraram. Eles recorreram, então, ao Reino Unido. Em 1802, Malta voluntariamente se tornou um dos territórios do Império Britânico, em uma parceria que se tornou especialmente útil durante as duas guerras mundiais que viriam.
E assim, Malta resistiu. Especialmente aos ataques italianos e alemães durante a II Guerra Mundial. Em recompensa, o Rei George VI ofereceu aos malteses a possibilidade de governo autônomo, se assim desejassem. Malta chegou ao ponto de realizar um referendo para integrar, de fato, o Reino Unido – lado a lado com Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, com direito a assento no Parlamento, inclusive.
A ideia não foi pra frente porque dividiu a população e também os britânicos – a integração abriria brecha para que outras colônias buscassem o mesmo processo. Assim, o estado de Malta foi formado em 21 de setembro de 1964, com o apoio britânico, que aprovou o Maltese Independence Act no Parlamento. Uma nova constituição foi criada.
Malta virou uma “monarquia constitucional” que tinha como chefe de estado Elizabeth II, a Rainha da Inglaterra. Da mesma forma como no Reino Unido, ela teria poucos poderes reais, além da influência como monarca. O país só tornou-se uma república presidencialista em 1974. Em 1979, as últimas forças britânicas deixaram a ilha.
A independência de Malta foi garantida com a anuência dos britânicos, o que fez com que o inglês permanecesse como uma das línguas oficiais e permitisse que, a cada ano, o país seja escolhido para uma das experiências mais culturalmente relevantes que se pode ter: o intercâmbio.
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