Leidiane Dias Lima, de Ribeirão Preto (SP) sempre sonhou em estudar na Europa, mas tinha fortes laços no Brasil que influenciavam muito uma decisão definitiva. Depois que sua vida mudou drasticamente, ela resolveu alimentar o coração com a realização de um sonho e já mora há 6 meses em Galway, na Irlanda. Conheça um pedacinho da história dela.
Enjoy: Como você decidiu embarcar para o intercâmbio?
Leidiane: Sempre tive vontade de fazer intercâmbio e conhecer vários lugares. Eu estava, contudo, acomodada no meu trabalho e não tinha coragem de pedir demissão. Sempre tive, também, uma relação muito próxima com a minha mãe e isso pesava muito a favor da minha permanência no Brasil. Aconteceu, então, que ano passado minha mãe ficou doente. Deixei o emprego para cuidar dela, acompanhar o tratamento e ajudar no que fosse preciso e fiquei cuidando dela até o dia que ela faleceu. Entrei em depressão pós-traumática e percebi que não poderia ficar naquela situação. Aí comecei a transformar a dor que estava sentindo em forças para conquistar o meu sonho e hoje estou aqui.
Enjoy: Como tem sido sua experiência na Irlanda?
Leidiane: Até agora tem sido uma montanha-russa, mas é a melhor experiência da minha vida! Uma das maiores dificuldades que enfrentei, bem no início, foi a demora para encontrar acomodação. E uma das coisas mais interessantes que aprendi é que a pessoa que faz um intercâmbio se torna bem mais flexível com relação a decisões, com relação às pessoas e com relação à vida de maneira geral.
Enjoy: Qual foi o seu maior aprendizado durante esse período?
Leidiane: Acho que aproveitar as experiências como um todo. A pessoa que vem para cá precisa ter a cabeça aberta, disposta a enfrentar o que vier. Dessa forma até as coisas ruins que a gente passa são situações que nos fazem em uma pessoa melhor. Sem contar as experiências positivas que te transformam como pessoa, te tornam mais forte, mais paciente e mudam você como ser humano.
Enjoy: O que muda depois do intercâmbio?
Leidiane: Tudo muda depois do intercâmbio. Não só o intercambista em si, mas tudo ao seu redor e tudo o que ficou pra trás. Todo mundo continua vivendo, as pessoas mudam e a vida segue.